terça-feira, 8 de dezembro de 2015


O Museu de Birigui disponibilizou em seu site (www.museubirigui.com.br) está fantástica foto de um veículo Chevrolet modelo Ramona 1927-29 com identificação do MMDC na lateral (em um acessório que ainda não consegui identificar fixado no estribo) e uma inusual cobertura de lona com a identificação " Batalhão Biriguy"

segunda-feira, 2 de março de 2015

FRIEDENREICH DEIXOU A BOLA E LIDEROU BATALHÃO NA REVOLUÇÃO DE 1932



O mais famoso jogador de futebol de sua época no Brasil um dia deixou a bola de lado para ir à guerra. Liderou um batalhão com quase 3.000 outros atletas e foi promovido a segundo tenente. Arthur Friedenreich tinha 40 anos de idade, e 20 de futebol, quando decidiu apoiar a Revolução Constitucionalista de 1932, cujo início completará 80 anos na segunda-feira.

Fried, como era conhecido, foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro, multicampeão pelo Paulistano. E liderou um movimento dentro da Revolução paulista: o Batalhão Esportivo.

Milhares de atletas, não só os jogadores de futebol, uniram-se à causa paulista. Alguns, para isso, abriram mão da participação na Olimpíada de Los Angeles, que aconteceria no mesmo ano.


Objetos e uniforme usados por Arthur Frienderich na Revolução de 1932
Fabio Braga/Folhapress


Friedenreich foi até uma rádio e fez um apelo aos colegas esportistas para que se unissem à causa. Mais: doou suas medalhas e troféus para ajudar a financiar a luta armada contra Getúlio Vargas.

"Os clubes se envolveram na guerra e liberaram seus atletas. O Campeonato Paulista foi interrompido. A adesão de Friedenreich deu ânimo para a causa", declarou o historiador Eric Lucian Apolinário, que há cinco anos pesquisa o assunto.

Em 19 de julho de 1932 a "Folha da Noite", uma das publicações que deram origem a esta Folha, contou como os times da capital se envolveram. Era no campo da Floresta, antigo estádio do São Paulo, que os exércitos se reuniam. O Corinthians colocou à disposição seu "Departamento de Educação Physica, todas as suas instalações, tanto a sua sede, como sua praça de esporte".

O Sirio disponibilizou sua sede para distribuir cartões da mobilização. E o Ipiranga ofereceu seu espaço para a Cruz Vermelha.

Fried e seu batalhão foram enviados a Eleutério, distrito de Itapira, divisa com Minas Gerais, para se juntarem a outros batalhões no combate. Embarcaram da Estação da Luz no dia 1º de agosto para a batalha. "O famoso Arthur Friedenreich passou garboso, ostentando seus galhões de sargento, tendo recebido uma enorme aclamação de seus prediletos", relata a edição da "Folha da Noite".

Resistiram durante 25 dias antes de sofrerem um bombardeio aéreo e deixarem o local, conta Apolinário. "Estima-se que havia 55 mil soldados do exército federal e outros 30 mil das policias estaduais, portanto, 85 mil. Do outro lado, 30 mil soldados constitucionalistas, dos quais 10 mil eram voluntários. Não tinham nenhuma experiência militar", conta o historiador Marco Antônio Villa, professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e autor de "1932: Imagens de uma Revolução".

A Revolução terminou no dia 4 de outubro e deixou um legado para o futebol. No ano seguinte, o Campeonato Paulista se profissionalizou. E os jogadores, que tinham uma imagem marginalizada até então, ganharam mais respeito perante a sociedade.

"Imiteis meu gesto, inscrevendo-vos na Mobilização Esportiva, a fim de que todos juntos defendamos a causa sagrada do Brasil. Tudo por São Paulo num Brasil unido!", declarou Fried em seu discurso às rádios paulistas.



ARTUR FRIEDENREICH

Friedenreich foi o Pelé dos anos 20. Em 1930, com a extinção do futebol do paulistano, passou para o São Paulo, dando importante contribuição para a conquista do título paulista de 1931, mesmo com 39 anos de idade. Atuou também diversas vezes na seleção brasileira, tendo sido campeão su-lamericano de 1919 e artilheiro do campeonato. Marcou 1329 gols nos seus 26 anos de futebol, foi 9 vezes artilheiro do campeonato paulista. Moreno de olhos verdes e cabelo carapinha (filho de alemão com mulata), sua agilidade era tanta que os argentinos, reis do futebol naquela época, o apelidaram de El Tigre.
Fonte: Folha

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Núcleo MMDC de Atibaia


Entrou no ar a página do Núcleo MMDC de Atibaia:

http://mmdc.atibaia.org.br/



Curtam também a página dele no facebook:



LIVRO " O CONTRA TORPEDEIRO BALEADO "

Editado em 1933, o Livro " O Contra-Torpedeiro Baleado" escrito por Gerson de Macedo Soares conta episódios do bloqueio naval ao porto de Santos, no litoral. Editado por livraria Editora Marisa, Rio Possui a capa feita por artista que não consegui identificar pela assinatura no canto inferior direito.


Foi a primeira Nau de guerra a fundear na bahia de São Sebastião por ocasião da deflagração da Revolução Constitucionalista de 1932. Enviado pela Marinha do Rio de Janeiro para iniciar o Bloqueio ao porto da cidade de santos, ancora às 09:10m do dia 11 de Julho de 1932 no canal de São Sebastião, Aonde se estabele a base de operações da Marinha, e no mesmo dia Juntaram-se a Ele os navios " Piauhy" e "Sergipe", Além de uma esquadrilha de Hidro Aviões Savoia Marchetti SM 55 ( Os de N. 1, 4 e 8) Todos comandados pelo Capitão de Fragata Schorcht. No dia 13, foi confirmada a ordem para que a esquadra, acrescida do Cruzador " Rio Grande do Sul" seguisse e efetivasse o Bloqueio do Porto da cidade de Santos.

Fica conhecido como o Contra-torpedeiro Baleado, pois no dia 12 de julho, ao navegar defronte à fortaleza de Itaipu, faz exercícios simulando uma invasão da bahia de Santos, para verificar a lealdade da guarnição do forte às forças da ditadura ou às tropas constitucionalistas. Recebe tiros de advertência disparados do forte, mas na água. Devido a um informe impreciso enviado por rádio, causou uma confusão e boataria que levou autoridades a se deslocarem à base de operações para checar a veracidade dos fatos. Foi atacado posteriormente pela Aviação Constitucionalista, episódio bem conhecido da Revolução Constitucionalista de 1932.

O CT-10 Mato Grosso

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

EDIÇÃO DE "O CRUZEIRO" ( 1. NÚMERO DA SUBLEVAÇÃO PAULISTA)

A edição Ano IV No. 51 de 22 de outubro de 1932, (apenas 10 dias depois do final dos combates) trouxe pela revista carioca "O Cruzeiro" a primeira cobertura desta que era a revista mais lida da época, sobre o evento. O exemplar em questão, adquirido por um paulista, traz uma curiosa rasura em uma das fotos, nitidamente de protesto político. Com fotos interessantíssimas e difíceis de serem vistas reproduzidas, é um ótimo documento de fonte primária de pesquisa.














Abaixo, a Rasura, colocando figuras públicas alinhadas à Getulio Vargas como carrascos, e a "Morte"!